Eli Melo

Fome

Eli Melo


É meio-dia, é meia-noite
É agonia a travessia
E o galo canta
Lembrando a fome
De tantas bocas
Barrigas ocas
Nenhum alento

Olha lá quem já vem
Nasceu

Venha cá que eu vou dizer
Que o mundo dos homens
Se alimenta da fome

Olha lá quem já vem
Morreu