Liberado para o mundo, viralata do ocidente Sem coleira, sem dinheiro, com um coração bem quente Meu cabelo no outono toma sol pelo poente Pra entrar sou clandestino, pra sair fico doente Vou atrás atalho afora, do que tem a luz intensa Que motiva meu desejo, que me faz pedir sua benção Me dedico se possível sem pensar na recompensa Sou daqueles que acreditam na paixão e na ciência Vou beber mel pela fonte por onde meu faro alcança Pra entender o que se passa entre a paz e a vingança Minha arte não tem preço minha busca não se cansa Eu sou bicho do mato com olhar de criança, aaaah... Nessa vida eu agradeço os desenganos, aaaaah... Meu violão tem a poeira dos ciganos, aaaah... Nessa vida eu agradeço os desenganos, aaaaah... A minha voz traz a franqueza dos hermanos Atravesso a fronteira, meu amor, uma luz tá me chamando Rosa, Dália, Alecrim, espalhados no jardim Afro-tupi-guarani, esta história não tem fim...