Amo-te, sem beijos, a horas marcadas. Trago-te à vida, pelo corpo que te empresto. E pergunto-me o que buscas, nesta tua ânsia de desejo. Procuro-me nesta ausência a que me forço na tua presença. E, também eu inebriada nesta minha ânsia de amar, finjo-te tudo o que quero ter,ainda que depois te perca em completo anonimato. Chamo a mim a tua falsa paixão, neste endorcismo distorcido. Ainda que, findo o extâse que te empresto, queira lavar-te de mim.