Eu fiz promessa Pra que Deus mandasse chuva Pra crescer a minha roça E vingar a criação Pois veio a seca E matou meu cafezal Matou todo o meu arroz E secou meu algodão Nesta colheita Meu carro ficou parado Minha boiada carreira Quase morre sem pastar Eu fiz promessa Que o primeiro pingo d'água Eu molhava a flor da santa Que estava em frente do altar Eu esperei Uma semana, um mês inteiro A roça estava tão seca Dava pena a gente ver Olhava o céu Cada nuvem que passava Eu da santa me lembrava Pra promessa não esquecer Em pouco tempo A roça ficou viçosa A criação já pastava Floresceu meu cafezal Fui na capela E levei três pingos d'água Um foi o pingo da chuva Outros dois do meu olhar