Com seus dedos feridos Pelos cacos de vidro da lâmina d'água do rio Há de tocar um ponteio vermelho de sangue Pra se lembrar Do sangrar de seu povo despido Ainda queimarão teus motivos Cada olhar nublado Que vislumbra no ódio um sentido (Olhar contagiado: Cataratas, estrondo e ruído) Já deseja teu sangue. Pois ponteie Penetre os ouvidos Hão de ser destapados - torça comigo! Tente comigo! Conte comigo, amigo Se o ponteio for de sangue Cante comigo, amigo Se o ponteio for de sangue Em teu norte ofuscado Teus escombros guardados Em mofo, poeira e descaso Há de saltar Teu luzeiro, rompante dos tempos Teu olhar descansado Pode ver esperança luzindo (Plante comigo) Cante comigo, amigo Se o ponteio for de sangue Conte comigo, amigo Se o ponteio for de sangue Eu vi um passarim pousar na lâmina