Passarim passou por mim Era maior que eu Nem olhou pro alçapão Me disse adeus Semeou na extinção Nem tudo se perdeu Deslizar na escuridão Estrela plena Passarim passou por mim Um velho sonho meu Nem olhou pro alçapão Sorriu apenas Foi brincar nas estações Que eu tento apenas deduzir Faz chover na extinção À duras penas Passarim, sangue etéreo como o meu Mas como sustentar o corpo sobre o nada? Como acreditar que a terra acolherá Seu canto e pouso sem ter medo? Passarim passou por mim Nem tudo se perdeu Fui buscar, fui ver chegar A chuva tenra Se a manhã virá Num olhar só não vai caber Há de se deixar crescer E sentir penas Passarim, sangue etéreo como o meu Mas como sustentar o corpo sobre o nada? Como acreditar que a terra acolherá Meu canto e voo sem ter medo?