Foi bem na gaveta, um pombo sem asas, lá da meia Lua O guarda-metas não pôde sair nem na fotografia A gorduchinha caprichosamente voou toda nua Pra descansar onde a coruja dormia Mas que belo petardo, aquele bate pronto de primeira Foi uma pancada, que acordou a massa inteira Uma chinelada que pegou na veia raspando no pau Do oponente que fechado atrás, assistia geral Partiu pro tudo ou nada, afinal, era jogo de final Mandou bola pro mato, muita canelada, pelada total Com o caldo fervendo, foi que o chocolate então começou Tome rabo de vaca, caneta, elástico, muita entortada rolou E foi num contra ataque onde o craque de novo desequilibrou Meteu um chuveirinho pro ponta de lança que guardou E o homem de preto apontando pro centro do campo apitou E a torcida ensandecida o nó da garganta tirou É gol Depois de um belo balão, ainda fez coreografia É gol É o rei da multidão, reinventando a alegria É o rei da multidão, reinventando a poesia