(Pai) Cada passo dado chego mais longe de mim Ando vivendo no passado eu sempre fui assim E eu já me perdi em tantos olhares Que eu nem lembro mais qual é o seu Quando eu tava na merda ninguém percebeu Quando eu tava no chão ninguém me deu a mão Caminhando com a solidão Fugindo para a escuridão Onde ninguém possa me ver chorar Se me der licença ainda tem muito pra falar Vou desabafar porque tu vai me ouvir, vai me sentir Vai entender que era melhor você aqui Não sei Talvez seja melhor longe de ti (longe de ti) Se a gente se afastou, não foi por acaso (não foi) Você era daqueles que eu pensava Agora eu caso Mas não foi dessa vez e olha onde tu foi parar Bem longe do meu coração e tu nem vai voltar Abandonado por todos e guiado pelo Universo Escrevo mais um verso pra me confortar Hoje minha casa é a melancolia Não tô na melhor fase disso eu já sabia Ossos do ofício Me entreguei ao vício E mais difícil é abandonar As vezes me prendo em doses de whisky E em taças de vinho A fumaça do cigarro me faz imaginar Um mundo que não presta Será que ainda me resta Esperança que um dia vai melhorar Nem sempre eu consigo fugir dessa maldade que persegue o meu coração Mas que contradição Me entrego as ruas da cidade Como distração Até logo Vou embora Talvez um dia eu volte pra me encontrar Até logo Vou embora Talvez um dia eu volte pra me encontrar (Adeus camarada, adeus Adeus que eu já vou embora Foi no balanço do mar que eu vim É no balanço do mar que eu vou embora Quem partir leva saudades Quem fica soluça e chora)