Estava o gigante sentado, lá no seu banco de pedra a resmungar e a mascar um osso velho por muitos e muitos anos sempre mascara no mesmo pois que a carne não vinha a esmo Não vem mesmo! Não vem mesmo! Numa caverna dos montes, ele vivia sozinho e carne não tinha o coitadinho E então chegou o Tom com as suas botifarras e disse para o gigante: "Que osso róis tu assim? Pois me parece a canela do meu tio Joaquim que devia estar lá no cemitério Cemitério! Ermitério! Pois que há já muitos anos que o Quim se foi e eu julgava-o deitado no cemitério Meu rapaz, disse o gigante, este osso eu o roubei Mas que valem os ossos que num buraco achei? O teu tio estava morto como bala de chumbo quando achasse a canela já não era deste mundo Deste mundo! Furibundo! E bem pode repartir com um gigante sem ela pois quem não precisa da sua canela?