Ao relento Os meus ossos estão reduzidos ao cansaço, os olhos carregados e próximos da aridez. Pela noite eu procuro um rasgo no céu que esclareça e ponha fim às minhas dúvidas e me persuada de todas contradições, ou que pelo menos chancele o meu estado. Apunhalado pela imensidão do incerto recuso a esquiva, penso estar perto Eu me sinto como se estivesse ao relento, perdido ao esmo, ao seu aguardo. E não chega. Refletir e pensar para se decidir, pensar que se decidir é se restringir. Um sorriso somente e as respostas que eu espero se esvaem e não caem contra as suspeitas. No meio termo disfarces enganam e criam falsas certezas, logo as que não poderiam nem deveriam me contaminar. Eu me sinto como se estivesse ao relento, perdido ao esmo, ao seu aguardo. E não chega. não sei ao ponto da verdade que quero chegar, o ponto entre a vontade e o bom senso, o quanto sereremos estreitos, ou o quanto perdurará. Como o resultado será eterno tudo mais importará.