Olhava incerta e distraída Sem consolo e sem saída Embriagada e tão carente Sem pressa para nada Ia de bar em bar E em todas estações do metrô Sentia ausência Sentia falta No caminhar do dia a dia Eu quase nem reparei Que alguém chorava por dentro Numa espressão de prazer Mas foi apenas sorrir Num gesto simples demais Que ela retribuiu e até tentou me acompanhar Seus olhos tristes se abriram E eu disse tome cuidado Que onde quer que se esteja Que não se sinta trancada Eu não mudei sua vida Mas te dei, um belo começo de dia Eu não te estendi a mão Mas ergui sua moral E levantando a cabeça Seu brilho antes sem graça Fez ela virar a mesa