Parece ódio mas é pura covardia Não há motivos para agredir essas crianças Desde pequeno ele aprendeu a se convencer Que nada o salvaria Um canto acolhe o corpo trêmulo de medo A mão suspensa desafia a rebeldia Não há coragem para enfrentar a ignorancia E tudo perde o seu sentido Parece ódio mas é pura covardia Tente explicar porque partir para violência Em vinte anos que passaram como mágoas A sua ausência foi sentida Sair de casa é quase sempre um desafio Pois aqui fora não existe segurança Agente aprender a viver, aprende a defender Aprender a não sorrir para se sobreviver Não foi imcompreensão, queria só viver Talvés fugir, saír de casa e desaparecer Talvés mudar de cor, dinheiro e um olho azul Deixar de lado o desrepeito e ser o que eu não fui Mas ninguém me ajudou, Meu Deus onde eu estou Lutei em vão a vida inteira e não cheguei ao topo Talvés quem fique aqui e encontre alguma luz PAra dividir o esquecimento e meu passado em cruz0 Ninguém consegue acreditar E o velho dorme infeliz Será que é culpa da vida Ou foi Deus mesmo quem quis Pegue seu laço e me abrace Ou diga apenas meu nome São tantos gestos de angústia São todos filhos da fome