Os carros vão passando na avenida, Enquanto eu olho para você Não há nada na cidade inteira que me faça te esquecer Aquele homem cheio de tristezas Procura um corredor para se sentar Respirando o ar que chega em seus pulmões para o fazer sangrar (*) Quantas vezes precisei, você não estava lá E quantas vezes se fechou a porta onde eu iria entrar Mas nada preocupava enquanto a sorte ainda era grande Mas eu sei onde isso foi parar Pessoas apressadas fazem filas Cenários de uma guerra universal Eu procuro a solução imediata no mesmo canal O rádio sempre toca o lixo urbano E o medo de mudar nos fazem todos reféns Ainda vou aquela escada onde o meu som por anos ecoou (*) Mas eu não sei sorrir Para alguém se divertir comigo Eu magoo tanta gente, com verdades ditas sem pensar Eu não sou defensor de nada, Eu não costumo cumprir minha palavra Eu menti até para Deus, para conseguir chegar onde eu estou Nada é bom, tudo é comercial Chega mais, olha o meu novo som Diz para mim, o que você achou da canção Que eu fiz, dizendo o que eu senti Natural, eu vou ser esquecido e deletado É banal, e é quase sempre assim que acontece As pessoas não se importam Em morrer na cruz da solidão Mas eu não sei dançar, Eu não sei me enganar assim Eu magoo tanta gente, com verdades ditas sem pensar Eu não sou defensor de nada, Eu não costumo cumprir minha palavra Eu menti até para Deus, para conseguir chegar onde eu estou O meu suor irá limpar a razão, e então O grande circo mudará de atração, Adeus, harmonia rica em podridão Eu vou mirar lá bem na face do mal, sem dó E disparando aos vendedores de amor, Viu só, quanta gente encontra o seu lugar Maior que o vício de querer ser aceito é crer Que ser feliz é ter dinheiro e poder, Ninguém, vai mudar o mundo que eu criei Nem mesmo o sangue que derrama ambição provou Que era capaz de destruir a nação, Me diz, como é que agora alguém igual a você Vai vencer