Opressão exercida de forma astuta Soca o psicológico, remodela a conduta De quem se sente exausto demais pra entrar em campo Ou talvez só ache que o vizinho não vale o trampo Ou talvez o vizinho nem trampe. Vai! Esquece o punho cerrado. Vai! A meta é tá por cima até na hora de ser enterrado. Pai! Como o último a ficar de pé em pé em tempo de vaca magra Um pra ferrar o outro, todo mundo se flagra Cumprindo o protocolo escrito na bandeira. Mantendo a ordem do caos que pra nós já é costumeira É preguiça em excesso! Moralista em excesso! O cifrão, a maior expressão de vantagem, põe muitos à margem do nosso progresso E se eu falo nosso é porque é nosso! Mano Não tem engano! Afinal de contas isso é vida, eu pelo menos não assinei plano Quando vim ao mundo. Avistei essa melancolia de background E excluí da decoração. Bora pro próximo round! Onde minha noção de etiqueta ou a falta dela dá o tom Raspa de amianto e tijolo quebrando o clima bom Da tendência pra ficar mudo que é cultural, natural Mas hoje não, hoje vamos de vitória no plural! Descobri que é tudo nós, então evito o ostracismo O destino final dessa carne diminui um tanto esse abismo Me aproxima do boy e do punk, do correria e do boçal Até o mais célebre, todos com uma leve inclinação pro mal E algo mais que nos amarra é a constituição bizarra Sabe bem te colocar entre tv, débito e farra Mas como esse mecanismo não trava no "weekleaks" Me espelhei em quem trampa muito pra sair dessa "matrix" E mesmo que só em mente consigo fazer a ponte E exemplificar pros outros o que há por trás do horizonte O plano é quebrar tudo, a começar por essa lei Que nos fixa num ponto só e olha que eu só comecei!