O menino filho do lixeiro Bem cedinho ia para a escola Um pão duro era seu lanchinho E um bolinho dentro da sacola E na rua quando o pai passava Lhe diziam, venha ver seu pai A catar a sujeira que cai Das pessoas que jogam no chão Que triste destino Daquele menino Quanta dor existe No menino triste E um dia ao catar o lixo O lixeiro a sorrir achou Valiosas pedras de brilhantes Que ali algum ladrão jogou Eu agora vou ser muito rico E meu filho nunca mais vai ser Humilhado pelos companheiros E na escola vai ser o primeiro E terá o que nunca pode ter Que triste destino Daquele menino Quanta dor existe No menino triste Nesse instante chegou a polícia E julgando que fosse o ladrão Atirando e matando o lixeiro Com as pedras presas em suas mãos E seu filho a chorar dizia Papaizinho tanto bem te quis A pobreza não é perseguida A riqueza lhe roubou a vida Na ilusão de me fazer feliz Que triste destino Daquele menino Quanta dor existe No menino triste Que triste destino Daquele menino Quanta dor existe No menino triste