Abre a porteira Que eu tô entrando Eu tô chegando Do estradão Eu tô voltando Da grande cidade Vim matá saudade Do meu sertão Da mata verde Manga e goiaba Laranja que mata a minha sede Rever e dar um abraço nos amigos Que me esperam aflitos Pela novidade Na cachoeira Quanta beleza Com a água clara Que vem da fonte Banha meu corpo Lava a minha alma De toda maldade Quem vem da cidade E no baião eu pego uma velocidade Eu tenho aqui o que não tenho na cidade O vento puro que refresca o meu rosto Isso sim é que dá gosto Tenho toda liberdade Pela campina o galope tem vontade De ser eterno como a felicidade Mas tal e qual o galope tem o seu fim E eu volto só de trote Pra sede que já é tarde Na cachoeira Quanta beleza Com a água clara Que vem da fonte Banha meu corpo Lava a minha alma De toda maldade Quem vem da cidade E nos braços do meu amor Vemos o Sol lá no poente No aconchego manso dessa rede Recupero a minha força na beleza dessa gente