Don Marco

Desconfortável

Don Marco


Falando sério, sem nenhum mistério
Eis o ponto crucial
O seu egoísmo
Beirando o vício
O ser sempre genial
Jura que insisto em ter um paraíso
Pálido, artificial
Não é o que eu quero
E quando eu não quero
Pode crer que já foi
Pra outro hemisfério!

Pensa que eu gosto
Simplesmente aposto
Nos termos de decência?
Ou que eu me importo
Com teu menor esforço
Em ter alguma essência?
Acha que eu quer ser o teu remédio
Pro teu porre existencial?
Ouça o que eu te digo
E quando eu não digo
Já é um baita sinal!
Não me leve a mal
Teu amor é nível social
Se isso é ter conforto
Acho que o conforto é um tijolo
Desconfortável!