Minha gente tô chegando venho vindo lá do mato Eu venho lá do sertão de onde sou filho nato Pra cantar o que o povo gosta sai de lá como jato Dizem que já estou na praça vou confirmar o boato Esta viola aqui não mente o meu pagode vem quente Chega no momento exato Derrubei mata fechada fiz lavoura no sertão Na fazenda fui carreiro no rodeio fui peão Dei um nó numa serpente que pulava a traição Fiz o bigode da onça só num golpe de facão Eu sou lenha na fornalha vou dar fio na navalha Pra cortar barba de leão Por aí tem violeiro que só canta no solfejo Deu um avanço na Lua pensando que era queijo Também faz papel de Judas que traiu Deus com um beijo Bateu a cara no chão só por falta de traquejo Sem poder ficar de pé vem vindo de marcha ré Parecendo caranguejo Lá na terra em que nasci semente ruim não germina Se nascer o que não presta a própria terra elimina Sou temperado no aço pra o que a vida me destina Contra inveja e reza forte tenho a proteção divina Por isso eu não tropeço na largada do sucesso Estou aquecendo as turbinas