Levantou do seu cubículo Sabia que o turno chegara ao fim Saiu em silêncio como entrara Ninguém percebeu nem mesmo ele Passava da hora de chegar Aflita eu esperava no sofá Ele nunca se atrasava, sempre chegava O jantar esfriava, a novela começava Os remédios não tinham quem os tomassem As contas não tinham quem assombrar Um beijo, um boa noite, sem boca amargam A insônia sem o altar logo deitava Um filho num quarto vazio de pai Nunca mais voltou em si Nunca mais voltei em mim Quem eu busco agora? Nunca mais voltou em si Nunca mais voltei em mim Quem eu busco agora?