Com uma doze na direita, escopeta na esquerda Subo o morro, três-oitão na cintura Universos diferentes, troco vidas por reforços Desço o morro; e nem prisão preventiva Distintivo à frente, cassetete atrás Entro no carro disparando nas curvas Enxergando mais ladrões do que o real Descendo o cacete e algemando nas ruas Buscando o vai e vem de uma cintura qualquer Meto a mão no bolso e dos próprios espinhos Brota o céu! Com a grana na direita, tremedeira na esquerda Subo o morro, coração na garganta Universos frente a frente, troco sonhos por neurônios Desço o morro, diversão garantida Com uma mão na frente e outra atrás Entro no carro, desfilando nas curvas Enxergando mais que dois do que é só um Descendo o suor, misturando as ruas Com a doze na direita, outro cano na esquerda Subo o morro 32, desço pra te ver depois No país da impunidade cassetete dita lei Distintivo tampa caixão Quem devia proteger mete medo e desce Desce o cacete na população Qualquer droga, qualquer nota Qualquer conta lá nas cayman Roubaram a galinha do doutor Do doutor de colarinho branco Agora vão ter que prender! O que é isso Brasil? Agora vão ter que prender! Não amo ninguém Nem sei o que é o amor Não digo amém Nem sei o que é dor