[Samurai] Primeiro filho de três E ela dezesseis anos Só se deu conta Da conta no sexto mês, mano Abortado, podia E o que ela fez, pois é Hoje é o feto quem conta essa história pra vocês! Segunda etapa foi foda Meu pai encontrou nós Ficou perto Me ensinou a ser homem Sem me falar nada eu apenas vivia e observava quieto Nos guardava e uns falavam: Ele não vale nada As vezes acreditava que era o fim da linha Antes alimento pra nós era afeto Ali afeto era tudo Era família Eu quero entender o que cês chamam de papo reto É só falar o que pra tu é faminha Eu conquistei isso aqui fazendo meu trabalho, indo a pé fazer free, rimando pra caralho Cê quer mermo que eu jogue na sua cara Se quiser meu mano eu paro e jogo agora Pra mim cês tem que me achar tão foda a ponto de chamar minha mãe de Nossa Senhora Foi tanta mudança Era igual cigano Aluguel atrasado Nunca carro do ano Aliás nem era carro E aliás se eu não me engano Cês não tavam lá comigo Agora tão me criticando Outra vez um baleado na minha porta Num domingo ensolarado de janeiro Se mudar pra onde? Agora não importa, ou é favor ou rua aqui não tá maneiro Qualquer lugar sempre foi casa pra nós Desde que sobre o mesmo teto estivéssemos E mesmo se o teto fosse o céu Não morreria pelo dom do amor eterno Às vezes abro meu caderno Às vezes quero comprar um terno, as vezes penso até em maçonaria Já que tudo sempre foi algo fraterno Rap veio junto com adolescência A fama se embalou com a formação Imagina a cabeça da criança com 15, alcoólatra Princípio de depressão Foda-se eu vi várias minas Mergulhei a fundo e fundo fui em todas elas Quase me afoguei em doses de pinga Tentando evitar que me afogasse nelas De resto é tipo o que vocês já sabem Caso não saiba Talvez seja mermo pra tu não saber Hoje eles querem ser heróis Boys faminha A visa a Marvel Stark morre enferrujado E a culpa é minha Sou obstáculo que acharam que não tinha Dos últimos o último Primeiro por ironia Que transforma em hino algo que é poesia Que faz letras e flows frases por telepatia Obrogado, hip-hop Pai e mãe! DJ Caique e um novo rico, que ironia [Tiago Mac] Isso é um recomeço, um dejavu Já nem sei em qual devo acreditar Me diz quando cê vai ficar de vez Ó Por tempos eu vi o meu amor na gaveta Logo assisti o rancor guiando a caneta Não sei se por vaidade ou necessidade mas Por noites busquei uma oportunidade então Não posso estragar tudo se hoje eu tenho Minha presença diz tudo foda se quem quer o desenho Tipo favela na pele, nos olhos e não da boca pra fora Vem que o momento é agora Olhei pra todo aquele amor e disse Não guardo nem meus versos quem dirá magoas Vi de perto a solidão, quem vê cara não vê coração E o coração sente o que a boca não fala São palavras que machucam Mas não falo guardo e ponho no som Quem sabe eu te ligue a cobrar Cê vai atender e eu desligar Isso é um recomeço, um dejavu Já nem sei em qual devo acreditar Me diz quando cê vai ficar de vez