Saí de Porto Epitácio Pra resolver um problema Cruzei o rio Paraná Com destino ao Ivinhema Me contaram uma façanha Que me chamou atenção A história é verdadeira De uma onça traiçoeira Lá daquela região Certa vez um caçador Um amigo do Zé Pedro Contou ter matado a onça Por ser um homem sem medo Mas a verdade não falha Zé Pedro tem voz ativa Ele então me esclareceu Esta onça não morreu Ela continua viva Eu viajei sem demora Passei por Bataguassu E matei a minha sede Lá no posto do Zuzu Eu sou caçador de onça Esta é a minha sina Pensando na tal pintada Passei sem fazer parada Na linda Nova Andradina Cheguei o rio Ivinhema Foi grande a minha surpresa A onça do gato preto Assustava a redondeza Em três dias de caçada Matando paca e tatu Matei a onça-pintada Por lembrança da caçada Eu fiz este cururu Assim termina a história Que comigo aconteceu A tal onça do Zé Pedro Quem matou ela fui eu Se alguém duvidar de mim A verdade é meu lema Não tem sorriso e nem choro Lá em casa eu tenho o couro Da onça do Ivinhema