O céu agora chora lágrimas ácidas Motoserras cortam a pureza divina O petróleo afoga seres marinhos A lei se justifica conversando na pólvora Até que nada reste Acelera os passos Por um núcleo insaciável Enquanto a terra explode Projetos lunares Nessa fuga descartável Adeus paraíso Sangro contigo Ao olhar o verde das trincheiras O amarelo colonial E o azul dos canhões Venho a lhes dizer que as visões mundanas tendem a mudar Geleiras se derretem, o mar nos engole A flor se apodrece na brisa industrial Raro H2O potável, Contaminados com a ganância neandertal A fome por destruição, a sede por destruição Seca a garganta do planeta terra Indigesto, a água é sangue O alimento é lixo nuclear Até que nada reste Acelera os passos Por um núcleo insaciável Enquanto a terra explode Projetos lunares Nessa fuga descartável Adeus paraíso Sangro contigo