As coisas mais lindas Do mundo com tempo vão Lembranças tão belas Amargas se tornarão Já dizia o waldemar bastos As coisas mais lindas Do mundo com tempo vão Lembranças tão belas Amargas se tornarão Primeiro grito da existência É o abraço da nudez É a culpa e a inocência Da loucura e a lucidez Óh minha luanda Diz-me porquê que se esconde Nessa rua alagada Que afogova luiz visconde Na lenha do breu Na panela da inocência Nos dias de liceu Que entoava independência Hoje, é tudo acabado Não há deuses para orar É só homem nessa hora Que se quer modernizar Este é o namorado De quem não quer namorar O mundo todo namora E ela quer mundanizar Bem à um passo Do calor da mulemba Onde deixei o compasso Da passada do meu semba Saudades da idade Que ainda sonho alcançar Da idade da vaidade Que a vergonha fez passado Saudades da vontade De ver o tempo dançar Da vontade da verdade Num retrato falado E quando o doce amarga As coisas boas vão Ó minha lata Dos meus carros que amava Foste para mim ouro e prata E a Lua que me guiava A boca da ilusão Nos olhos da minha apatia O ódio sem razão Que eu antes não sentia A ira era uma farsa Que enganava o amaço Pois, as brigas com o comparsa Acabava em abraço Óh, minha amizade A quanto tempo não te vejo Te tenho em minha saudade Onde só o teu rosto beijo Nas ruas dessa rua Que deu-me a lama e o pó Vi a odisseia nua Nos panos da minha avó Avó, nga sakidila Pela vida e a escola Pelo amor e pelo njila Por fazer de mim um ngola És tudo e mais um pouco Que esse mundo te deve É por ti que sou tão louco É por ti que sou tão leve Voltei a minha partida Inocente como flores Estou de regresso a vida Regresei aos meus amores E quando me perguntarem; se a África é uma verdade? Eu, direi que não. Verdade é concepção E concepções são apenas ideias A África não é verdade A áfrika é o que existe!