Estático ou estupefato, plástico Eu não sei mais o que faço Deste mundo estou arrebatado Desnudo no meu lago assombrado Já que Deus, assim, tão vago Abençoa só quem está ganhando Piso consistente no terreiro Onde desfaço todo encanto Meu enchu não é certeiro Maldição desta matéria agourenta Solidez que o ar desmancha O que é invisível que importa Neste mundo só tem prazer Quem do ouro fez um bezerro Seja para o capital manter Ou pra ter onde ir depois do enterro Hoje é janeiro e esqueço de tudo que é santo Lançado ao banzeiro Só canto