O sol se pôs Nos meus braços Ela adormeceu Teu cheiro doce me entorpeceu O teu calor o meu inverno aqueceu E abre o olho sempre tão calada Não diz nada Quero tua risada ecoando Às minhas entranhas conturbadas Me fale dos demônios Que te assombram esta noite Da maldade que condena E na alma dá açoite Nos jogando no abismo De ilusões perpetuosas Nos cortamos nos espinhos Sonhando com as rosas Não sabemos o porquê E pra quê toda essa terra Ao invés de ter amor Ensinaram a fazer guerra Ao invés do ser humano Pregam pra que nós amamos Um pedaço de pano Nos matamos nos ferimos Nos traímos nos roubamos Por tão pouco nos vendemos Arruinando os nossos sonhos Por tão pouco venceremos Se não fosse o passar dos anos Dos anjos Interação é um sofá Um controle uma novela Muito longe dos presentes E tão próximos da tela Muito perto dos ausentes E os presentes estão convalescentes Doentes Me diga o motivo E o sentido disso tudo Vamos fugir desta selva De fantasmas sujismundos Vamos nos isolar Para nos reintegrar Há tudo ao nosso mundo Mundo mundo ao nosso Só nosso Te passo um café Acorda mulher O dia raiou a esperança voltou A noite terminamos a conversa Mas cuidado com a pressa Da rotina controversa Te espero neste mesmo endereço Com uma saudade enorme que Me vira pelo avesso Avesso