Devaneio Ativo

Dama da Noite

Devaneio Ativo


O poeta traz a rima
Aborda e lacrimeja
A novidade se difere
Da realidade que sugere
As coisas sem nome
Com nome de coisa
Como a fome

Laça um assunto
Brinda no boteco
No chão do seu universo

A dama da noite
Flui em dilúvio inorgânico
A escrita transfere este
A outro plano
Violetas saudades
Pausa inenarrável
Passo vago,
Deslizar na rocha
Quase se enverga
Ao luxo que processa
Essa rica mente de cabeça de isopor

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