Desde pivete faço arte o tempo inteiro Pergunta pra Rosana como eu era arteiro Onze de fevereiro, nasce mais um poeta Escrevendo clássicos, onde se vende merda Herege ou profeta, profano ou sagrado? Mano, eu sou humano, dominado por pecados Minha vida é um quadro de Vicent Van Gogh Tipo Belchior, sou um Sujeito de sorte Eu me tornei mais forte na minha pior fase A vida me transformou em um homem de frases Quando voltei pra base, tive um renascimento Agora voltei pro game e tô a frente do tempo Eu me tornei sedento, deixei de ser sedentário Meu caderno no futuro vai virar um relicário Nasci pra ser lendário, eu sou atemporal Faço som pra ser eterno e não Hit de carnaval Inspirado em Simonal, Cassiano e Tim Maia Quando eu morrer minha letra será lembrada Me chame de Rubem Braga, da nova geração Padre Júlio Lancelot, minha irmã é oração O meu verso é proteção, tipo armadura Tô amadurecendo, sem perder a ternura Procurando a cura, tipo cientista Sigo na minha luta pra ser um renascentista Me chame de artista, bandido ou herói Faço a terra tremer com o grave da minha voz Tipo Eça de Queiroz, nos domina na escrita Se for pra ser Amado, eu sou Jorge e não Batista Porrada em racista, tipo Gustavo Pereira Meu nome não é Chris, mas todo mundo me odeia Não sou David Guetta, sou um Deivid no gueto Melanina no meu sangue, sou filho de pai preto Criador tipo Gepetto, mas não vou criar Pinóquio Não vou falar mentira pra poder chegar ao pódio Olhe nos meus olhos, veja que sou verdadeiro Eu faço por amor, mas também quero dinheiro Diferente do Felipe o Detrês não é herdeiro Tipo Gum, eu meto porrada no Escudeiro Sou guerreiro, devoto de São Jorge Improviso desde cedo, dom de ter nascido pobre No Beat me sinto forte, tipo Rei Davi Só lançando pedrada vendo gigantes cair Só cheguei até aqui por ser filho da dona Lídia Mesmo não estando aqui, até hoje ela me guia No meu dia a dia, sigo na correria Pra realizar, o meu sonho de cria O filho da dona Lídia, tá na correria Pra realizar o seu sonho de cria No meu dia a dia, sigo na correria Pra realizar, o meu sonho de cria O filho da dona Lídia, tá na correria Pra realizar o seu sonho de cria Sem ideia vazia, eu trago conhecimento Rap tem que ser concreto, tipo água e cimento Eu coloco sentimento toda vez que eu rabisco Pra tocar na sua alma através do seu ouvido Posso me tornar vilão por dizer tudo que eu digo Mas não posso me calar, sou a voz do oprimido Me arrisco pelos meus e não falo só de cifrão Minha palavra vale um tiro, tenho muita munição Sigo com o pé no chão, pra não inflar meu ego Só eu que me conheço, sei do peso que eu carrego Acredito no que eu prego, tipo Martin Luther King A luta não acabou, ainda não é o fim Inspirado em Rakim, Noutorios BIG e 2Pac Onze de fevereiro, nasce um homem de frases O tempo passou e ainda sou bagunceiro Avisa pra Rosana que eu ainda sou arteiro No meu dia a dia, sigo na correria Pra realizar, o meu sonho de cria O filho da dona Lídia, tá na correria Pra realizar o seu sonho de cria No meu dia a dia, sigo na correria Pra realizar, o meu sonho de cria O filho da dona Lídia, tá na correria Pra realizar o seu sonho de cria