Debaixo da tua porta Eu deixo esse envelope como está Mas admito que me sentiria Bem melhor ao te falar Daquelas coisas que a gente Um dia planejou de brincadeira Mal sabia eu que viraria O meu livro de cabeceira Mas agora onde está você? O envelope não sabe dizer Eu fico aqui te esperando Ao som da chuva, à luz da Lua flutuando E você nem passa em casa pra dormir Me diz como é que eu posso descansar Enquanto andas por aí? Porque eu sempre soube que não podia te segurar Mas nunca pensei no quanto iria me afetar Passar noites em claro Pensando no quê você iria fazer Ao tentar me esquecer Por isso eu mando essa carta Pra você ver tudo que eu lembro Ao pensar em você Em você E eu volto para casa Não tenho condições De te esperar mais uma vez De oito e meia até às três Se é isso que queres Não há nada que eu possa fazer Costumávamos conversar Até a noite acabar Na madrugada viajar Hoje você nem sabe o meu celular Eu ando pela chuva Onde está você que não escuta Eu gritar seu nome? Eu dou mil passos repensando Em tudo aquilo que escrevi não por engano Está tão frio aqui fora pra sumir Me diz como é que foi esse o caminho Que eu escolhi? Porque eu sempre soube que não podia te segurar Mas nunca pensei no quanto iria me afetar Passar noites em claro Pensando no quê você iria fazer Ao tentar me esquecer Por isso eu mando essa carta Pra você ver tudo que eu lembro Ao pensar em você (Onde está você? Costumávamos conversar Se é isso que queres, noites em claro Pensando no que você faria ao tentar me esquecer Eu ando pela chuva, a noite acabar Não escuta, eu gritar seu nome?)