Às vezes as flores choram Quando os beija-flores se vão Às vezes os pássaros choram Quando o sol não vem depois da chuva Às vezes as nuvens escuras Não cobrem a lua E às vezes te olho de um jeito Que não sei como explicar Às vezes não é sempre Sempre não é nunca Nunca é eternamente Eternamente não é por enquanto Às vezes os corações choram Quando tomados pela solidão Às vezes os poetas choram Quando lhes falta inspiração Às vezes os lençóis sujos Descobrem e revelam o colchão E às vezes te beijo de um jeito Que me faz perder o ar Por enquanto não é sempre Sempre não é hoje Hoje não é eternamente Eternamente não é às vezes