Voar Manter o equilíbrio pra fugir A força necessária pra pular E toda adrenalina que me cobre ao cair Respeitar meu coração Acreditar na minha decisão Conciência da loucura Treme a minha mente Com o peso da colisão Enquanto o mundo pisa firme Sobre solos invisíveis Peço forças pra ninguém Rancor Me afastar Não mais ver Desprezo da corrente que escraviza o mundo em que vivo Sigo À pé, vivo, fé, sigo Vivo Junto a multidão de cegos que não ouvem o clamar das vozes, mas sentem Ondas Rondam sem encontrar lugar Em meio a becos, vielas, vielas, becos, lixo Dominantes e seus caprichos Meio a esse caos de matéria orgânica, busco o sentimento mais abstrato Que completa sem gerar volume, que toca ao desprover de tato Me liberta dos grilhões de gravatas que aprisiona visionários Homens de visão E esse sentimento guia meu coração, na jornada em busca de libertação Não do corpo mas, da alma Leve, levo apenas o que cabe em sentimento em espírito Na contra-mão aos loucos que me chamam louco Na rota de colisão com visionários que me chamam cego Olhos abertos Ao nada enxergar, apenas instinto Nos conduz ao caminhar Um só Nunca sozinho Me livro de toda a evolução que padece meu corpo Um dia me entenderão que a involução é o caminho