Deixe de medo que tédio todo mundo viu, Seus olhos em suplício pedindo abrigo, Nossos direitos não temos, sem liberdade, Foram roubados, queimados, furtados, furtados, Por quem? por quê? ô, ô, ô, ô Dance me encante, me encare todo o momento, Finais de semana e feriados também, Tantos barracos deixados, desabrigados, Não diga, não diga nada, nada, a ninguém. Somos todos homens loucos, Em uma terra de selvagens, Não corremos e nem lutamos, Nos escondemos nessa terra santa. Não me pergunte não grite, Eu tento falar não consigo, O corpo cansado resiste, mais um desafio. Corra não morra, não brigue à toa, Fique comigo se não cometo um delito, ô, ô, ô, ô Vou ser o teu abrigo, ô, ô, ô, ô,ô,ô... Quantos mais os homens tiveram, Mais desejo de sangue surgiu. Quanto mais a fome governa, Muitos jovens vivendo em celas. Muitos tiram e dão as costas, Outros mendigam procurando respostas, Falsos políticos, falsas palavras, Cadê a cura? cadê a resposta? Deixe de medo que tédio todo mundo viu, Seus olhos em suplício me pedindo abrigo, Nossos direitos não temos, sem liberdade, Foram roubados, queimados, furtados, furtados, Por quem? (solo) Não me pergunte não grite, Tento falar não consigo, O corpo cansado resiste, mais um desafio. Corra não morra, não brigue à toa, Fique comigo se não cometo um delito. ôô,ôô, ôô. Vou ser o teu abrigo. ôô,ôô, ôô. E somos todos homens loucos, Em uma terra de selvagens, Não corremos e nem lutamos, Nos escondemos nessa terra santa. E fomos todos, enganados, humilhados, desempregados, Somos índios, também escravos, E já não temos nossa terra santa.