Silenciosa ela vem me alcançando E vai criando rachaduras Na prata que cobre o meu ser Ela sabe as minhas fraquezas Conhece os meus defeitos Não aponta os meus erros Faz o peso acumular E essa culpa me sufoca, faz a alma lamentar Me levando pro abismo, não consigo me soltar Cada vez mais convencido que o certo é apagar Cada traço da existência como se fosse adiantar Tentando entender o motivo disso tudo Com tantas incertezas, sem saber pra onde ir Querendo beber cada gota da sua essência Pra amenizar o que eu chamo de angústia Tento até ser forte pra não me deixar levar E quanto mais resisto só aumenta o envenenamento Continuando de pé, me sentindo incapaz Sigo acreditando que ainda existe solução Me diz como faz pra apagar isso tudo Sem afetar as pessoas que eu amo Voltar do início e recomeçar Sem esquecer do lugar de onde vim Me diz como faz pra apagar isso tudo Sem afetar as pessoas que eu amo Sair dessa fase que só me consome Pra parte do filme em que tudo da certo O que é, o que é claro e salgado? Cabe em um olho e pesa uma tonelada Demorei muito pra entender Que depressão é o veneno da alma Não posso deixar isso me consumir Vou me ocupar, tentar me distrair Um mundo esperando eu sair pela porta Já não posso mais esconder que eu sou