Delmir e Delmon

Furacão

Delmir e Delmon


Alô, moçada, estou chegando, o que que há
Sai da frente, vou passar, sou mineiro folgazão
Eu vemnho vindo lá de onde o Sol esconde
Eu passei, não sei por onde, procurando confusão

Não tenho medo, sou cabra desasismado
Meu revorve carregado é o meu fiel amigo
Onde eu chego os valentes perde a fala
Vai levar chuva de bala, aquele que bolir comigo

(Opa!)
(Eu vou dar tiro até vermelhar o cano, do meu trinta)

Nesse momento estou nervoso igual serpente
Eu chego ficar doente quando passo sem brigar
Eu sou nascido no grande estado Mineiro
Conheço o Brasil inteiro minha vida é viajar

Sou mais novo filho do parada dura
Irmão do quebra Topete famosos da região
Eu brigo bem do qualquer jeito que quiser
De rasteira e ponta pé no cassete e no facão

(Oh, meus, amigos)
(Eu vou deixar esse cara três dias pendurado de cabeça pra baixo)
(No coreto do jardim)

Quando eu brigo com um cabra resistente
Distância de dose légua, vê a poeira subir
Eu sou pequeno, mais juro não sou pedaço
Com o peso do meu braço, eu já fiz muitos dormir

Sou topetudo não négo, sou bandoleiro
Até no Estrangeiro eu já fiz minha ruaça
Quando eu vejo em minha frente um valentão
Fico igual um leão, querendo pular na caça

(Opa! Eu vou correr o rodo em todo mundo aqui)

Todos aqueles que encrencaram comigo
Levou chumbo no ouvido e foi morar no outro mundo
Estou apenas de passagem por aqui
Se alguém me interferi, vai dormi sono pro fundo

Eu sou mineiro e meu nome vou dizer
Peço pra não esquecer, eu vou falar, pode ouvir
Sou oriliento e me chamo furacão
Família de valentão, nascidos em Bambuí