As casuarinas calaram Nem assovio, nem alarde Morreram a noite e a tarde Se foi o Sol e as manhãs A chuva se fez presente E o medo criou coragem Pra quando vier a estiagem Que eu possa ouvir os tarrãs O trilho da cancha reta Amarga a dor de uma ausência Emudeceu a querência Na hora dessa partida A adaga perdeu o entorno E a prata não tem mais brilho Nas patas do meu tordilho Levo a saudade incontida O teu cavalo gateado Devolva ao campo aberto Pra que ele viva liberto E siga os teus ideais Esse fiel companheiro Vai resgatar o teu porte Porque na vida e na morte Os dois nasceram iguais Onde tuas botas deixaram As marcas pra o renascer O pasto não vai crescer Sublimando tua passada E nela sigo os teus passos Como um cusco num abandono À procurar o seu dono Sem abrigo, sem amigo, sem tropeada