Ohh… Alma que me dói… Que me tira a vontade de viver Ohh… Espírito do meu interior… Como lagos de Dor que mancham a terra Neste Negro abismo de solidão, contemplo a vossa cova a ser cavada A luz desvanece aos poucos, escasseando no descampado Ohh… Origem decadente… Que me mata lentamente Ohh… Negra presença… No sossego da Morte encontro o meu repouso Estes prados, que outrora foram verdes, permanecem cinzentos Mágoa… Um portão de isolamento eminente Acolho o meu negro fado de coração aberto O coro dos Mortos entrelaça-se na minha jornada sombria Ouço o murmúrio das suas cantigas a sussurrar desgraças O cancro deste mundo, prolifera em grandes quantias Enchendo a nua existência com aversão e apatia Ohh… Saudade faminta Do passado afastado Ohh… Dolorosa Mágoa Uma aura que flagra perpetuamente Nas noites frias, julgo os meus pensamentos Condeno-me pelas feridas cometidas Eu sou sofrimento! Um cemitério de sentimentos O meu funeral está condenado, como a vida que carreguei Sozinho, deixai-me descansar os ossos para toda a eternidade.