Na minha pele penetra o malogro de décadas nubladas Visões perpétuas de sentimento embalsamados Vibrações negativas isolam-me num mundo de Morte A beleza serena… Nesta gélida noite, antigas rezas ecoam Ventos guiam-me para masmorras de negros sentimentos … Calmo e irreal é o ambiente que me rodeia Os ruídos da calema tornam-se distante… Cada vez mais distantes… Esquifes servem o meu árido cadáver O meu derradeiro abrigo nesta terra imunda Velas sem chamas, velórios sem pessoas Assim será fim… de uma vida penosa! Lembranças coroadas em pedras monótonas Apagadas de uma memória delicada O seu véu preto, o jazigo do seu corpo e da minha esperança As suas rosas e lemúrias em vão servirão… de desculpas! Encontro-me deitado, sofrendo com vida… Do caixão ergo-me, pálido e moribundo Pálido e moribundo… E todos os presentes olham-me estarrecidos O meu nome será falado e conhecido por entre províncias… Como o Morto!