O vento uivando de prazer Passando as mãos em meus cabelos verdes Enfeitados com tantas flores que eu deixo cair pra enfeitar o chão Eu tinha tanto a oferecer, mas ninguém me ouve, ninguém entende o silêncio E o meu destino fica aqui traçado e eu calado no mesmo lugar Mas olhando o céu. Tentando chegar até o céu Tenho tantos filhos que eu vejo crescer perto de mim Não posso colher o que eu plantei, mas o vento leva um pedaço de mim Fazemos súplicas por suas vidas, nossas vidas unidas em um ciclo E a minha face refletindo em um rio imundo de sangue, que vem Da cidade, e vai levando o que tenho de melhor Que vai crescer e fazer as nuvens do céu