Eu Que tive tantos corpos contra o meu A todos eu fui receptiva A tantos dei tudo o que tinha Mas sempre acordei tão sozinha A brutos, loucos e pervertidos Fiz todas as suas vontades Metade por ter prazer nisto Metade por necessidade Mas a vida que me lavava Não me levou pra felicidade Então, se falares comigo Por favor, baixa bem a tua voz Que se a uns e a outros julgarmos Num instante estaremos sós Se empilharmos tantas semelhanças Que tristeza, que tédio de nós Vida fácil eu nunca vivi Quem diz isso não sabe o que diz Quem diz isso não diz a verdade Quem vê isso só vê seu nariz Porque ao ter tantos homens que tive Nunca tive aqueles que eu quis