Pensamento de homem e de menino Andei pela vereda lá da caatinga Bornal no ombro, água e não pinga Ressequido pelo sol a pino. Passada firme dos pés descalços Sem descansar sobre a rachadura Água não veio amenizar a secura Nem lavar o suor dos meus traços. Cheguei a nascente que morreu Riacho que corria e secou A chuva não caiu O leito triste ficou, e eu chorei. A tristeza invade meu coração Vi magoada, triste e desfolhada Vegetal a fonte de alimentação E anoitecer da passarada. Por muito tempo de tristeza sofrir Foi só orando que eu me curei. Ao lembrar do sertão por onde andei. Pra esquecer as coisas que eu vi, Derval souza. Salvador, 04 de março de 2010.