Eu nasci pra fazer verso não apoio a ditadura, amando a liberdade defendo nossa cultura - A viola esta tinindo, a platéia aplaudindo, não tem ninguém que segura. Sou filho do interior da terra da agricultura, na mesa do lavrador pode crer que tem fartura - No braço desta viola, canta bem e não enrola, o caipira sem mistura. Me chamou de pé vermelho uma pobre criatura, pensando que abalava a minha forte estrutura - O coloquei no sufoco quando eu lhe dei o troco, sem perder minha postura. No repique da viola canto sem fazer figura, o meu verde e amarelo sempre em primeiro fulgura - Eu sou um autodidata não preciso usar gravata, e nem ler a partitura.