David Ballot

Crônica

David Ballot


Tudo que é meu
Já não me consola
Nem as frases tão banais
Quanto meus pensamentos
Restos que me surgem
Como abismos cegos
O fruto já não é mais proibido!

As promessas que eu tenho
Já não me saciam
Meu abrigo, minha calma, minha poesia
Meu pobre coração abandonado
Salvo pelas falsas sensações
De saudade!

Liberdade em expressão
Pobre riffs
De uma vida sem sentido
Contrariando tudo que é mais bonito
Como uma chama
Uma vida

Eu posso tentar fazer
Uma declaração de amor
Por ser mais um
Por sermos nós

Nas esquinas dos lugares
Onde eu passo e não os vejo
Nas esquinas dos olhares
Onde escondem os desejos

Eu sei que é impossível
Explicar num só refrão
Minha voz
A saída
Minha crônica
Uma vida