A barca corta o rio O cais onde fica a cidade já passou Quanto mais se distancia Mais se ouve o barulho do rio, do motor A areia da praia, os bichos O sol vai se por, nuances de cor Serena, aproxima-se a noite O dia se foi, estrelas no céu Eu vim cantar eu vou brincar com sons Eu vou falar de vida, natureza Trago em minhas mãos um violão Companheiro de estradas infindas E no coração, minha canção lapidada com sonhos e lida Depois de cruzar o rio Chego ao destino de um cantor Que é cantar pro povo de lá Que é cantar pro povo de cá De onde for Eu vou cantar a sorte As vergonhas, as manhas, a morte e o amor Agora que já cantei Vou agradecer e me despedir Qualquer dia eu volto aqui Com a mesma paixão, vou prosseguir Bom seria ouvir as palmas, sentir alegria na alma Lembrar quando partir