Meu olho roda gigante não se permite ver Meu coração de elefante só apanha mas do que consegue bater Meus dedos datilografam mas não sabem ler Minhas pernas se engirafam tropeçam mais do que me fazem correr E a vontade de fazer direito quer achar um jeito de desentortar Ela me empurra Ora barranco acima Ora meio sem rima, até desenganar Do desengano que me surge a frente me faço demente só pra suportar Esquinas tortas, becos sem saída, vontade traída,arranjo singular E a saudade que trago no peito Já faltou respeito Pegou, me leva Ela me vem com umas palavras mudas coisas ditas, surdas, breve bravejar Eu tô na fila da ladeira, afoita Tô num fio da gota sem onde encostar Parece coisa de visão suicida Uma queda, uma decida, um kamikazear.