Mulher virando homem, homem virando mulher Que diabo de mundo é esse? No meu mundo caipira isso não se existia, na cidade é diferente Com a minha criação aprendi o que é certo e não aceito o errado Fale de mim o que bem quer, homem que come pardo pra mim também é viado Não, não, não aceito mesmo não Não é que é preconceito, foi a minha criação Aprendi o que é certo e o errado eu desconheço Foi assim que eu fui criado e ninguém vai mudar meu jeito Com os meus dezoito anos entrei numa faculdade, pois tinha que estudar Mulherada dava em cima só porque eu sou caipira, por mim foram se apaixonar Chegou em mim uma granfina, vestida de patricinha que só falava inglês Me disse i love you, logo mandei tomar no sul pois mal entendo português Não, não, não aceito mesmo não Não é que é preconceito, foi a minha criação Aprendi o que é certo e o errado eu desconheço Foi assim que eu fui criado e ninguém vai mudar meu jeito A quinze dias atrás inventei de ir pescar pra refrescar minha cabeça Lá eu vi dois homens juntos, se abraçando, se beijando, mas que falta de decência Pegaram do meu cigarro, me chamaram de gatinho, logo virou confusão Oito chute, sete socos, soma sete com mais oito e é quinze dias na prisão Não, não, não aceito mesmo não Não é que é preconceito, foi a minha criação Aprendi o que é certo e o errado eu desconheço Foi assim que eu fui criado e ninguém vai mudar meu jeito