Quando no sertão, bacalhau trisca a zabumba Sai faísca Porque a chuva há muito tempo não cai, não Bate doze horas e o estômago já canta O triângulo se apronta pra muita confusão Se o poeta canta coco no pandeiro Ele tem o mundo inteiro na palma da mão Quando a gente dança, a gente leva na lembrança Que o povo nunca cansa de música inventar Que a saudade é nossa grande herança Aquela fome de criança de fazer tudo girar Girar, girar E ver tudo mudar Girar, girar Até o sol raiar