A areia
Quando úmida da água de um rio
Compõe uma forma mais firme de chão
Do que quando está seca

Quando encharcada, enlameia-se
Pois é como se a água de um rio trouxesse em seus átomos
Outra forma de terra
Que quando posta em companhia da areia e da água em dose exata
Diz da firmeza que os pés necessitam
Pouco antes de se largar
Na falta de gravidade que a água lhes oferta
Em seguida

É a generosidade contada de oxum
Uma forma de nome
Uma sagração em palavra
Do arrebate que nos causa um rio
Quando nele podemos adentrar
Chama-se oxum
A bênção que as águas doces pousam
Por sobre os nossos pés

E é como exercer a sua generosidade 
E é como exercer a sua generosidade 
E é como exercer a sua generosidade 
E é como exercer a sua generosidade 

Isso de lhe dar uma palavra maior na importância
É como exercer a sua generosidade
Isso de lhe inventar histórias, de pintar-lhe uma ideia
É como exercer a sua generosidade
Uma ideia de imagem repleta de encanto e beleza
É como exercer a sua generosidade
Cantar-lhe melodias amarelas por sua voz
Dourar-lhe as vestes e os gestos e a vida
E é como exercer a sua generosidade 
E é como exercer a sua generosidade 
E é como exercer a sua generosidade 
E é como exercer a sua generosidade 

Essa vida que lhe damos pra compor a nossa própria 
Essa vida que lhe damos pra compor a nossa própria 
Essa vida que lhe damos pra compor a nossa própria 
Essa vida que lhe damos pra compor a nossa própria 

Ao modo de um rio
E é como exercer a sua generosidade 
E é como exercer a sua generosidade 
E é como exercer a sua generosidade 
E é como exercer a sua generosidade 
Ao modo de um rio