Comprei um revólver pra poder te dar um beijo Mais como uma forma de entrar na batalha Daquelas de quem sua e quem trabalha Daquelas de quem acorda esperando a luta Comprei um revólver pra poder te dar um beijo Mais como uma forma de entrar na batalha Daquelas de quem sua e quem trabalha Daquelas de quem acorda esperando a luta Daquelas de quem quer ganhar o dia De quem quer ganhar as ruas De quem quer ganhar o chão Um dia nada que eu disse vai ser em vão Um dia nada que eu disse vai ser em vão Um dia desses, mulher, tudo vai mudar Casa, telefone, endereço, padaria A nossa rota, nossa rotação O nosso requinte de frente pra esse mar de hipocrisia E lavar a mente diariamente no espelho das águas enegrecidas da lagoa Seguir dizendo sem se dar conta O discurso que nos diz a todo tempo o que aprendemos que é mundo E andar aí à toa pela mente indiferente das pessoas E andar aí pela superfície de um planeta maltratado Hoje, meu irmão, é de coração Eu quero liberdade pra pisar o pé em cima do chão E ser um homem melhor de idéia E talvez um homem um pouco mais sereno de coração Comprei a arma para ver se sobrevivo e desarmo essa armação Se com palavras eu construo o chão que piso Falo agora com orgulho e atenção Comprei a arma, comprei a arma Comprei um revólver pra poder te dar um beijo Mais como uma forma de entrar na batalha Daquelas de quem sua e quem trabalha Daquelas de quem acorda esperando a luta