Desperta o relógio do mundo A gente acorda, vira as costas Vai à rua ou fica em casa Eu vejo como tudo se passa Muito rápido sem que eu mesmo Possa, ao menos Segurar por um momento Como água em minhas mãos Areia fina em meus pés Parece que meus dias Rodam sem parar Nada fica em mim E eu não marco nada nem ninguém Eu preciso viver mais devagar Ver os olhos de quem amo Distrair, sentar e conversar As dunas se movem no século Há sempre um momento de renascer É outra chance, mudar o jeito de ver É estranho, ela me disse é estranho Você pensa andar pelo caminho da felicidade Mas não vive a intensidade Quebre o que é grade, rasgue o que é grade! Agora eu sou seu, tão seu, tão só seu Como eu! Antes não pude entender Talvez por medo, por culpa ou remorso Deixar a rotina era viver sem calço Agora eu sou seu, tão seu, tão só seu Todo teu! Nada me rouba este instante As dunas se movem no século