Vejo todo dia, o passar do tempo Que vai passando muito devagar Sirenes cantando, doentes gemendo Em uma sinfonia de terror O melhor dos atores não saberia mentir Muito menos fingir, tanta dor Formigas humanas e desmascaradas Abaixo da linha do Equador E por falar na linda linha do Equador Há quem crer que ela exista, em forma retilínea Pra pendurar suas armas, medievais E a pobre inocência de fera voraz Um e um são dois, dois e dois são quatro Que somados compõem as cordas de um violão Que me provem o contrário, eu não vou discutir Vou somente ouvir o violão É um castelo sem rei e sem rainha É feijão sem arroz e sem galinha É um palhaço sem circo, sem picadeiro É o terceiro da órbita, plano e oposto, viva Galileu! Um cachorro latindo na vertical Papagaios sorrindo e discutindo Se a roda é quadrada ou triangular Chega de pão e circo, vão estudar e cantar